PANORAMA
Guindastes e Transporte América Latina
Maio de 2015
46
região durante 2014, com incrementos na
Colômbia, no Peru e noMéxico”.
De fato, ele detalha que as maiores
oportunidadesdenegóciosparaacompanhia
estão no México, “onde estamos bem
posicionados comnossodistribuidorMadisa
para os produtos em todo o país. Outros
mercados significativos são Peru, Colômbia,
Chile e no longo prazo a Argentina, com
quantidade crescente de projetos de obras
públicas previstos para os próximos anos”. E
apesar do atual momento do Brasil, a Link-
Beltmantém seuotimismo, acreditandoque
os negócios vãomelhorar.
Segundo Randy Robertson, diretor de
vendasemarketingdaManitex, acompanhia
também registrou um crescimento nas
vendas em 2014.
Por sua vez, Cinque Chen, da Zoomilon,
afirma que 2014 “foi realmente um ano
difícil, mas conseguimos manter nossa
posição no mercado da região”. As vendas
da companhia superaramUS$ 14 milhões,
o que significou queda de quase 50% em
relação a 2013.
Kenji Munezawa, da japonesa Tadano,
também reconhece que o volume de vendas
diminuiu, explicado principalmente pela
queda no preço dos minérios e a relação da
empresa com omercado damineração.
Da mesma forma, a Terex registrou queda
de 16% no faturamento, dada a paralisação
de projetos de infraestrutura, a contração da
economiaegrandevariaçãocambial.Manuel
Vicuña, gerente de vendas da empresa,
explica que “alguns segmentos forammuito
afetados, como as plataformas de trabalho
aéreo e os guindastes, mas outros, como o
Port Solution, tiveram um bom ano”.
Segundo Rene Porto, diretor comercial
da Sany Brasil, em 2014 houve redução
de 40% nas vendas em comparação com
2013. “Os guindastes de menor capacidade
(30-80t), dadas suas aplicações, foram
menos afetados pela queda do mercado.
Pelo contrário, a utilização de guindastes
maiores, aplicados geralmente em obras de
infraestrutura, acabou totalmente paralisada
pelos problemas políticos noBrasil”, afirma.
Segundo números da Sany, mas também
baseado em dados da Sobratema, omercado
de guindastes caiu 46% durante o ano
passado noBrasil.
Nesse cenário, a Manitowoc também teve
contração em suas vendas. LeandroMoura,
gerente de marketing da empresa para a
América Latina, comenta que “infelizmente
o rendimento da Manitowoc foi mais
baixo do esperado, particularmente pelo
decepcionante cenário no Brasil. Nossa
posição de mercado se mantém forte e
estamos muito felizes com a aceitação dos
novos produtos lançados na região em2014,
como a todo terreno Grove GMK6400, a
torre Potain MCT85 e a nova linha sobre
caminhãoNational CraneNBT”.
PREOCUPAÇÕES
O Brasil é o maior mercado da América
Latina e, obviamente, uma queda em seu
nível de atividade tem efeitos negativos
para as empresas com presença por aqui, e
portanto a evoluçãoda economia brasileira é
uma preocupação.
ParaMoura, daManitowoc, oBrasil, junto
com aArgentina e aVenezuela, são as nações
mais preocupantes, já que apesar de seu
grande potencial, seus mercados domésticos
são muitos difíceis de prever. No entanto,
o executivo diz que toda a região apresenta
perspectivas interessantes. “Essa é a terra
das oportunidades, e isso é a razão pela qual
temos presença em todos os lugares com
serviços e vendas”, afirma.
Cristián Galaz, vice-presidente de vendas
para aManitowocnaAméricaLatina, afirma
que “definitivamente temos boa presença
na região. Todo nosso portfólio se oferece
na América Latina e temos visto nossos
clientes melhorarem seus negócios ao longo
dos anos. Como oferecemos diferentes tipos
de guindastes para cada trabalho, quando
Um guindaste Sany operando
na construção do Estádio de
Brasília.