Construction Latin America PTG - December 2013 - page 46

EVENTO
Construção Latino-Americana
Dezembro de 2013
46
desenvolvimento dessa tecnologia nos países
ibero latino-americanos.
Também esteve presente no evento o
ministro de Comunicações, habitação e
Infraestrutura do país anfitrião, Alejandro
Sinibaldi, que destacou a importância de
conhecer novas técnicas de asfaltomodificado
que permitirão que a vida das estradas seja
mais longa e de melhor qualidade.
NOVAS TENDÊNCIAS
Destaque especial teve a palestra do
secretário permanente da Cila, Felipe
Nougues, que comentou em seu discurso
uma série de paradigmas que surgem na
indústria do asfalto, a um dos quais chamou
de “paradigma do espectador”, e fez um
chamado aos assistentes para passar de
espectador a ator das decisões, “podemos e
devemos influenciar nas políticas”, garantiu.
Juan José Potti, presidente executivo da
Associação Espanhola de Fabricantes de
Misturas Asfálticas (Asefma), deu uma
pincelada sobre o panorama global do setor
de pavimentação asfáltica e fez um apelo
para gerar maiores pontos de encontros para
o setor, desenvolvendo mais ferramentas
que permitam melhores contatos e mais
transferência tecnológica.
O executivo comentou sobre a importância
de “aumentar a preocupação de conservação.
Esse é um dos principais desafios. Queremos
uma lei que assuma a necessidade de levar
em consideração um custo de manutenção
vinculado ao valor patrimonial da malha
rodoviária”. Nesse sentido, se torna
necessário contar com ferramentas de análise
de custo de vida de um projeto, considerando
elementos como sua construção, operação,
manutenção, fim de vida e reciclagem.
Mas Potti, além de falar de reciclagem,
prefere falar de reutilização e indica que se
deve avançar cada vezmais no aproveitamento
integral do RAP. “É preciso fazer um esforço
para desenvolver a reciclagem em todos
os níveis: mais projetos, mais plantas,
mais oportunidades de emprego, maior
experiência nacional”, garantiu.
Com relação à contaminação gerada pelas
misturas asfálticas, revelou interessantes
dados. Segundo o profissional, uma mistura
betuminosa a quente gera 45 kg de CO
2
por tonelada produzida, enquanto que uma
garrafa de suco de laranja de 250 ml gera
um dano de 400 gramas de CO
2
por cada
unidade, no total, cerca de 1.600 kg/ton.
Mesmo assim, o Cila trouxe consigo a
discussão de gerar especificações asfálticas
a nível regional. Na América Latina, os
critérios atuais são muito dispersos e de
carácter local, e é por isso que Potti fez
um alerta para a Europa, que há cinco
anos conta com uma norma mais ampla,
a EN, e que agora está avançando em
direção à normas europeias de segunda
geração, que também leve em consideração o
comportamento. “A América Latina deveria
aproveitar os conhecimentos que já estão
sendo executados na Europa”, concluiu.
ASTEC APOSTA PELA AMÉRICA LATINA
Uma das empresas com um estande no evento foi a norte-americana Astec, companhia
que aproveitou a ocasião de apresentar, entre outras coisas, a Astec Voyager, equipamento
habilitado para reciclar 30% de RAP (pavimento de asfalto reciclado, por sua sigla em
inglês) e que conta com uma capacidade de produção de 120 mtph (toneladas métricas
por hora).
Segundo Steve Claude, vice-presidente de marketing e vendas, a companhia conta com
usinas operativas na maioria dos países latino-americanos. “Com uma capacidade média
de cerca de 180 mtph, ou mais, nossas usinas estão fortemente envolvidas na produção
de misturas de asfalto quente nos principais projetos de infraestrutura da região”, garante
o executivo, quem reconhece a importância da região nos negócios da Astec, devido à
aproximação do mercado às fábricas e o acesso ao pessoal de serviço e suporte. “Para a
Astec Inc, a América Latina tem representado, em média, 35% das vendas internacionais,
e prevemos que continue sendo consistente devido ao contínuo crescimento projetado pela
região”, afirma.
A Astec também decidiu investir em uma fábrica no Brasil, a que começará sua produção
em 2014. “Com relação às usinas de asfalto, vamos utilizar essa instalação para produzir
uma usina de 120 mtph altamente portátil e capaz de utilizar até 30%. A resposta inicial
de nossos clientes e das empreiteiras tem sido excelente e estamos muito entusiasmados
com a perspectiva de estabelecer firmemente nossa presença na região”, comenta Claude.
O executivo garante que o asfalto é e continuará sendo o material dominante no mundo
todo na construção de rodovias. “A facilidade de manutenção é um fato comprovado e
a possibilidade de sua capacidade de RAP (pavimento asfáltico reciclado) também. Além
disso, tem demonstrado durante anos que o asfalto proporciona uma superfície mais
eficiente e mais suave tanto para os usuários comerciais e públicos, um fato que não se
perdeu entre os funcionários técnicos locais quando se encarregam de recomendar qual
material utilizar”, finalizou.
Uma central de cimento
Astec operando na
Colômbia.
Antígua, patrimônio
histórico da humanidade,
sediou o Cila 2013.
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