Construction Latin America PTG - December 2013 - page 31

Dezembro de 2013
Construção Latino-Americana
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ATUALIDADE
e 31 estações de moagem. E os planos
são de seguir crescendo. Segundo dados
da Associação Brasileira de Cimento
Portland (ABCP), a capacidade doméstica
se expandiria ao redor de 42% entre 2011
e 2016, passando de 78 milhões para 111
milhões de toneladas.
Em segundo lugar está o México, que
aportou 20,5% da produção latino-
americana de cimentos de 2012 com 36,8
milhões de toneladas, cifra 4% maior que
no ano anterior.
No entanto, esse ano não foi nada bom
para o México em termos de produção, visto
que segundo dados da Câmara Nacional do
Cimento (Canacem), até agosto a produção
de cimento no país somava 23,3 milhões de
toneladas, 4,8% abaixo das 24,5 milhões de
toneladas produzidas no messmo período
do ano passado.
A mexicana Cemex não ficou fora dessa
situação e durante os primeiros nove meses
do ano os volumes de cimento doméstico
diminuíram 10%.
Cabe lembrar que a indústria cimenteira
do México conta com 35 usinas distribuídas
em todo o país, com capacidade instalada
de 57 milhões de toneladas.
Outros cinco países abarcaram um quarto
da produção latino-americana de 2012.
Colômbia, Argentina, Peru, Venezuela e
Chile, com 6,1%, 6%, 5,5%, 4,6% e
2,8% respectivamente, representam 25%
da produção total.
Ainda que a Colômbia tenha mantido sua
produção, e nos primeiros nove meses do
ano tenha crescido somente 0,1%, o caso
do Peru merece destaque, pois o país segue
em franco crescimento, e entre janeiro e
setembro desse ano acumula uma produção
7,7 milhões de toneladas, o que representa
um aumento de 8,96% em relação ao
mesmo período de 2012.
Por outro lado, mercados como o
venezuelano estão enfrentando um
panorama mais obscuro, com fornos e
usinas inativos e falta de equipamentos.
Na maior usina da Cementos Venezuela,
a usina Pertigalete, o colapso é quase total,
com a maioria dos fornos paralisados,
usinas não operativas e escassez de
continua crescendo
YURA DUPLICARÁ
CAPACIDADE DE
PRODUÇÃO
Um aumento de 121% na sua
capacidade de produção diária de
cimento é o que aspira conseguir a
empresa peruana Yura a partir do
próximo ano. A companhia tem um
ambicioso projeto de expansão que lhe
permitiria passar das 1,9 mil toneladas
métricas diárias às 4,2 mil toneladas.
A companhia investirá ao redor
de US$600 milhões em 2016 para
aquisição de um novo moinho de clinker,
em algumas usinas satélites e na
construção de duas usinas de cal.
Yura aspira alcançar uma produção
anual de quatro milhões de toneladas
em três anos.
DEMANDA MUNDIAL
A demanda mundial por cimento poderia
chegar a 4,7 bilhões de toneladas em 2017,
de acordo com o relatório World Cement,
estudo realizado pela empresa internacional
de pesquisas Freedonia Group.
As vendas globais deverão crescer 5% ao
ano entre agora e 2017, o que pressupõe
uma queda ligeira no ritmo de crescimento
registrado entre 2007 e 2012.
Segundo a Freedonia, o setor de obras
públicas de infraestrutura deverá representar
a maior proporção da demanda global,
tanto em países industrializados como em
países em desenvolvimento.
caminhões. Enquanto isso a usina de Lara,
cuja capacidade é de 9 mil toneladas diárias,
está operando 33%.
CONSUMO
Segundo o informe da Ficem, em 2012 o
Panamá foi o país com maior consumo de
cimento per capita, alcançando 644 Kg por
habitante, 30% a mais do que os 492 Kg
do ano anterior.
Estas cifras sem dúvida foram
incrementadas pelo uso de material na
ampliação do Canal do Panamá, obra
que em setembro chegou à marca de três
milhões de metros cúbicos de concreto
usados na construção do complexo de
eclusas. O país consumiu em 2012 2,4
milhões de toneladas, frente 1,8 milhão
em 2011.
Mas em termos totais, como era de se
esperar, o Brasil é o principal consumidor,
com mais de 69,3 milhões de toneladas no
ano passado, 6,7% acima do consumido
em 2011 e representando 38,6% do total.
Isso apesar da desaceleração do “gigante
sul-americano”.
Na verdade, apesar de que o país não tenha
tido um desempenho destacável em termos
econômicos, entre janeiro e outubro desse
ano as vendas cresceram 2,4%, alcançando
as 58,9 milhões de toneladas.
Cabe perceber que a Cimentos Apodi
deve abrir em dezembro uma nova usina
em Bonsucesso, a Quixeré, que alcançará
uma capacidade de produção de 1,8 mil
toneladas métricas diárias numa primeira
fase, e que pode chegar a até 4 mil toneladas
por dia durante a segunda metade de 2014.
O segundo maior consumidor é o
México, que no ano passado viu crescer
sua demanda em 3,4% chegando a 35,6
milhões de toneladas. Muito de longe
seguem Argentina e Colômbia, com um
consumo em 2012 perto às 10,5 milhões
de toneladas.
Não obstante esse empate, há que se
destacar que entre o exercício passado e
2011, a Argentina diminuiu seu consumo
de cimento em 8,2%, enquanto que os
colombianos aumentaram o seu consumo
do produto em 3,4%.
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