Construction Latin America PTG - May 2015 - page 22

CAMINHÕES
Construção Latino-Americana
Maio de 2015
22
A
queda nas vendas de muitos
equipamentos de construção nos
países da região em 2014 é uma
realidade, e o setor de caminhões não ficou
de fora.
No Brasil, no ano passado as vendas
sofreram queda de 11,3% e estima-se que
em 2015 essa contração flutue entre 27% e
42%. Segundo especialistas, as razões estão
relacionadas principalmente com a queda
do PIB e a restrição ao crédito no país.
Ricardo Souza, consultor de
marketing para a América Latina da
Caterpillar, diz que “a indústria de
caminhões articulados em 2014 foi
aproximadamente 10%menor que a do
ano anterior”.
Embora as projeções iniciais fossem de
vender 100 mil caminhões no mercado
Apesar da contração demuitas economias locais, os
fabricantes de caminhões articulados afirmam que há
muito por crescer. Reportagem de
Milena Jiménez
.
Muito caminho
pela frente
brasileiro em 2015, ao
refazer os cálculos para
o primeiro trimestre,
este número já não
superaria as 60 mil
unidades.
No caso do Chile,
o ano de 2014
para a Volvo teve
números similares
aos de 2009, ano de
crise financeira que afetou fortemente a
demanda por equipamentos de construção
em todoomundo. Países como aColômbia
e oPanamá,mercados tradicionais para este
tipo de produtos, também tiveram queda
na demanda por caminhões articulados em
2014.
Apesar de tudo isso, a marca garante
que esse é um mercado que ainda tem
muito para crescer. “Vemos uma
oportunidade para caminhões articulados
no Brasil, sabendo que os volumes
comercializados hoje no país ainda são
pequenos se comparados aos de outros
mercados de características similares”,
afirmaAfrânioChueire, presidentedaVolvo
Construction Equipment Latin America.
Mesmo com índices agora negativos, a
companhia afirma que os volumes dos
últimos anos são superiores em até três vezes
CAÇAMBAS
Uma solução útil para otimizar o uso dos caminhões articulados no setor da construção é
oferecida pela empresa chilena DT HiLoad.
Trata-se das caçambas curvas DT-HILOAD, com uma série de vantagens em relação
às retas tracionais. Segundo JulioMedina, subgerente de produção da companhia, é
justamente a forma, além dosmateriais utilizados em sua fabricação, o que faz uma
caçamba eficiente. Sua forma lhe permite ter um comportamentomecânico e dinâmico
extremamente estável, o que é interessante para a vida útil e o ciclo dos caminhões.
Ao ter uma estrutura flexível e curva, a caçamba não necessita tantos feixes de suporte,
e assim pode-se ter uma caçambamais leve e resistente a golpes e desgaste. Segundo o
fabricante, sua forma reduz aomínimo os danos por desgaste, incidindo favoravelmente nos
custos demanutenção e tempo de inatividade dos caminhões. “A caçamba pode trabalhar
em ciclos de 15mil a 20mil horas comprovadas sem nenhum tipo demanutenção”,
garante o executivo.
A empresa exporta cerca de 50% domaterial que produz. Na América Latina, está
principalmente no Peru, Brasil eMéxico. Apesar de admitir contração nas vendas devido
à fragilidade dosmercados locais, Medina acredita que, devido à eficiência das caçambas,
trata-se de uma situação apenas passageira.
Para a XCMG, o potencial domercado de
caminhões articulados em toda a América
Latina é enorme.
Os caminhões
articulados
são ideais para
trabalhar em
terrenos difíceis.
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