Construction Latin America PTG - May 2015 - page 18

Construção Latino-Americana
Maio de 2015
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PAÍS EM FOCO
De longo prazo
O longo e doce período
experimentado pela
economia peruana sofreu
um baque. Mas se
2014 não foi ótimo, a
construção no país ainda
cresce. Reportagem de
Cristián Peters
.
ano com um desempenho negativo de
2,98% em janeiro e em seguida registrou
quedaaindamaispronunciadaem fevereiro,
de 9,8%, segundo dados publicados
pelo Instituto Nacional de Estatísticas e
Informática do país (INEI).
O baixo desempenho de fevereiro se
deveu à diminuiçãodo consumo internode
cimento (-5,73%), influenciadopelamenor
quantidade de residências construídas, e o
menor avanço físicodeobras (-26,27%) dos
governos regionais e locais, principalmente
no âmbito da infraestrutura rodoviária e
nomelhoramento e ampliação dos sistemas
de água potável e esgoto. Não obstante
a queda no nível de avanço das obras,
houve compensação com maiores obras
do governo nacional na infraestrutura
rodoviária, segundo o INEI.
Porém, segundo o que indicou a pesquisa
do BBVA Research, a tendência será
revertida, e a construção se posicionará
entreos setoresmaisdinâmicosdaeconomia
peruana, crescendono exercício atual acima
dos 6%de acordo como instituto. Segundo
a pesquisa, uma série de investimentos
privados em infraestrutura e um forte
impulso do governo no investimento
público convergiriam para contribuir para
uma recuperação setorial ao longo do ano.
A Câmara Peruana da Construção
(Capeco) é ainda mais otimista e espera
que a indústria recupere sua posição entre
os mais importantes dinamizadores da
economia como um todo. A associação
espera crescimento setorial superior a 8%
este ano.
OBSTÁCULOS
Os grandes motores da indústria este ano
serãoos investimentos em infraestrutura, os
desembolsos nas regiões e o crescimento de
centros comerciais.
O cenário é ótimo. O país ambiciona
ummelhor desenvolvimento e os números
O
ano passado deveria ser um ano para
se esquecer no Peru. Em linha com
o que aconteceu de modo geral na
América Latina, especialmente na América
do Sul, o Peru experimentou um crescimento
baixo, mesmo que maior do que a média
regional. Enquanto as economias da América
Latina e do Caribe tiveram crescimento
estimado de 1,1%, o PIB peruano teria se
expandido em 2,8%. Ainda que mais alto do
que amédia, o número é sensivelmentemenor
do que os 5,8% registrados em 2013, o que se
explica por um menor investimento privado
e público. E há que se ter em conta que a
construção desde 2013 não cresce a uma taxa
de dois dígitos, como costumava acontecer nos
anos anteriores.
Não obstante tudo isso, as estimativas são
de que o Peru em 2015 retomaria o bom
caminho e, segundo algumas projeções,
espera-se um crescimento de 5% do PIB,
apesar de que o FMI e outras entidades
preferem esperar apenas 3,8%.
O setor da construção, é claro, viu-se
afetado em seu ritmo de crescimento
em 2014, arrastando com ele empresas
distribuidoras que tiveram um ano
bastante complexo. Claro exemplo disso é
a Ferreycorp, o maior grupo peruano de
distribuição de maquinário de construção
e mineração, cujas vendas em 2014 caíram
6,7% em relação a 2013.
A indústria da construção começou este
O plano energético doPeru é
ambicioso e entre outras coisas
propõe duplicar a capacidade
hidroelétrica nos próximos sete
anos. Na foto, oCañón del Pato
daDuke Energy Peru.
Emmeados demaio começariam as obras da
Linha 2 dometrô de Lima.
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