Construction Latin America (PTG) - July/August 2013 - page 28

ESCAVADEIRAS
Construção Latino-Americana
Julho-Agosto de 2013
28
oportunidade de utilizar suas habilidades
de desenho e a melhor tecnologia disponível
para construir máquinas de baixo custo de
manutenção que as de seus concorrentes.
Um bom exemplo disso é o da JCB, que
de forma exclusiva na indústria, através de
seus motores Ecomax conseguiu cumprir
os requisitos Stage IIIB sem a necessidade
de sistemas pós-tratamento de gases de
efeito estufa, como um filtro de partículas
diesel (DPF, por sua sigla em inglês) ou um
conversor catalítico (SCR, por sua sigla em
inglês).
O fato tem algumas vantagens. Primeiro,
menos sistemas à bordo. Segundo,
as alterações do desenho do motor tem
melhorado sua eficiência. Terceiro, os custos
de consumíveis são menores já que não há
um sistema DPF que manter e limpar, além
de que podem ser utilizados óleos padrões.
Quarto, não são necessários produtos extras,
como soluções de ureia ‘Ad Blue’, como os
exigidos pelos sistemas SCR.
A JCB está instalando seus motores
Ecomax em suas escavadeiras de médio
porte, de 11 a 22 toneladas.
NOVAS TECNOLOGIAS
Ainda com motores a diesel tradicionais
existem diferenças significativas entre o que
os diferentes fabricantes podem oferecer em
economia, graças à absorção de energia
que, de outra forma, se perderia na hora de
frear os movimentos de giro da estrutura
superior. No lugar de um freio, um gerador
é utilizado para transformar essa energia
em eletricidade, que se armazena em um
condensador e está disponível para fazer
girar a estrutura superior novamente ou para
assistir ao motor de outras formas, de acordo
a ordem enviada pelo computador a bordo.
O uso de condensadores é favorável,
devido ao fato de que a indústria automotriz
híbrida tende a usar baterias para armazenar
energia. Uma de suas vantagens é que
podem descarregar sua energia de maneira
mais rápida, o que os torna mais adequados
para as aplicações stop-start necessárias na
construção. Além disso, oferecem vantagens
de peso e tamanho e podem aceitar e
oferecer altas cargas de eletricidade.
A Komatsu é o único fabricante que hoje
possui uma escavadeira híbrida elétrica em
produção. Apesar disso, outras companhias
como Doosan, Hitachi e Hyundai também
tem mostrado protótipos de escavadeiras
híbridas de classe de 20 toneladas em várias
exposições nos últimos anos.
Mas não houve uma grande avalanche
desses equipamentos no mercado. Em
parte, porque as vendas continuam sendo
lentas, devido à crise financeira de 2008.
Outro aspecto, é que os compradores
devem analisar se um equipamento como
esse é lucrativo. Claro que o consumo de
combustível é menor, mas a tecnologia custa
muito mais.
Este balanço é algo que alguns fabricantes
estão levando em consideração. Por
exemplo, na Bauma, Pat Olney, presidente
da Volvo Construction Equipment, afirmou
que qualquer equipamento produzido pela
termos de tecnologia a bordo e eficiência de
combustível para escavadeiras.
Atualmente há uma tendência crescente ao
aumento das fontes de energia tradicionais,
mas com novos sistemas para economizar
ainda mais combustível. A mais falada nos
últimos tempos é a tecnologia híbrida, a
qual é bem conhecida pela Komatsu, líder
no assunto.
A primeira escavadeira híbrida da marca foi
lançada em 2008 e, desde então, vendeu mais
de duas mil unidades da classe 20 toneladas,
registrando mais de um milhão de horas de
trabalho. A última versão, a HB215LC-1, de
21,2 toneladas, foi apresentada ao mercado
na Bauma 2013 e, segundo a companhia,
oferece uma economia de combustível e
emissões de CO2, 25% menos que uma
escavadeira tradicional.
A máquina consegue alcançar essa
A Komatsu é a única companhia com
produção total de uma escavadeira híbrida.
Seu último modelo é a HB215LC-1.
A LiuGong lançou a
945E na Bauma, de 45
toneladas. Equipada
com um motor Cummins
QSM11, é ideal para o
mercado com regulações
Tier 2 ou menores.
>
1...,18,19,20,21,22,23,24,25,26,27 29,30,31,32,33,34,35,36,37,38,...68
Powered by FlippingBook