Construction Latin America PTG - December 2013 - page 8

NOTÍCIAS
Construção Latino-Americana
Dezembro de 2013
8
Venezuela: construção
em crise profunda
A Câmara Venezuelana da
Construção fez um diagnóstico
bastante negativo do cenário
do setor no país, no encontro
que manteve a fins de
outubro durante a conferência
ExpoConstrucción 2013.
Representantes de vários
estados do país trouxeram
dados da realidade local para a
indústria da construção, além
de informações do contexto
venezuelano en geral.
A construção na Venezuela
diminui há 13 trimestres de
forma permanente, segundo
a Câmara. Isso se deve a
um conjunto de fatores que
desordenaram completamente a
economia do setor.
Um dos principais é a falta de
insumos. Conseguir cimento e
até mesmo máquinas para fazer
os projetos está ficando cada
vez mais difícil pelos problemas
cambiais e de abastecimento
que vive o país.
Além disso, o representante
do estado de Lara advertiu que
na sua região são comuns as
invasões de terrenos privados
onde as empresas têm planos
de construir. Com os terrenos
invadidos, as obras não
começam, o que está criando
um cenário de desinvestimento.
Também se culpou a
modificação feita pelo governo
nacional à lei do trabalho,
reduzindo em 10% a jornada
laboral. Com isso, a contratação
de trabalhadores fica mais cara
pela menor produtividade.
O governo da Venezuela
tem, entre muitas iniciativas
sociais, um plano de moradia
de interesse social chamado
Gran Misión Vivienda. Através
Argentina tem grande
plano de infraestrutura
capital, e ante a falta de
recursos próprios, o governo
oferecerá as obras a empresas
construtoras da Rússia, China,
Coreia e Japão.
Não se informaram as
condições comerciais que as
empresas destes países teriam
que aceitar para ganhar os
contratos por estes serviços.
Mas o ministro do
Planejamento argentino, Julio
de Vido, sairá em dezembro
em viagem a Rússia, China e
Japão. O objetivo da viagem
é verificar o interesse de
empresas destes países pelas
obras em solo argentino.
O governo da Argentina
pretende pôr em marcha um
plano de investimento de
infraestrutura.
O chamado “megaplano”
pretende construir oito usinas
hidrelétricas, uma torre de
telecomunicações de 365
metros e um aqueduto para
incrementar o fornecimento
de água à província de Santa
Cruz, ao sul.
O investimento previsto é
de US$15,6 bilhões. Por não
ter a possibilidade de recorrer
ao mercado para levantar
COLÔMBIA
O número
de venda de imóveis na
Colômbia cresceu 18,9%
entre janeiro e outubro de
2013, em comparação com
o mesmo período do ano
anterior.
Foram registradas vendas
de 87.126 unidades
habitacionais em todo o
país, o que significou um
movimento financeiro de
US$7,14 bilhões.
Os dados interanuais de
outubro de 2012 a outubro
deste ano mostram um
crescimento igualmente
importante: 14%.
As províncias colombianas
onde a venda de imóveis
mais cresceu são as de
Villavicencio, Cartagena,
Barranquilla e Medelin.
As boas vendas de insumos
para construção fazem
prever que o ritmo se
manterá em 2014.
EM DESTAQUE
Há 13 trimestres o nível de atividade vem caindo, faltam insumos e os
custos crescem. A inatividade é uma ameaça real.
Dentro do ‘megaplano’, está a
construção de oito projetos de
hidrelétricas.
dele, o governo propõe a
construção de mais unidades.
O que poderia parecer uma
boa saída já não é visto como
opção. A Câmara Venezuelana
da Construção já se manifestou
fora do programa em 2014,
pelas mesmas razões de alta de
custos e falta de insumos.
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